Passos
inaugurou a nova sede da PJ e ficou perturbado com a notícia do manifesto
dos ’70 notáveis’. Medo, muito medo de solicitar medidas de ‘reestruturação da
dívida do País’. São ousadas e favoráveis aos interesses nacionais; mas, ele é
obediente a Merkel e medroso. Tem pouca capacidade para pensar e decidir por si
próprio.
Maduro, que sabe tanto de ‘finanças
públicas’ como eu de ‘direito administrativo’, também ficou amedrontado.
Balsemão foi a excepção.
Considerou que a reestruturação da dívida é um “acto de boa gestão”,
valorizando a sensatez de subscritores como Manuela Ferreira Leite e o Prof.
Adriano Moreira. Deu até o exemplo de já ter negociado a reestruturação de
dívida por diversas ocasiões.
Passos, um imaturo petulante, e Maduro,
um verde palrante, ficaram deveras transtornados. Ignoram, por exemplo, que
deveriam incentivar à criação de um grupo de países, um ‘lobby’, no sentido de
que o BCE passe ter por função ‘a estabilização do sistema financeiro’ e não se
limitar à função de ‘estabilização de preços’.
Omitem o exemplo alemão que é
citado no documento, mas igualmente não lhes convém invocar a reestruturação da
dívida grega, nem a ambição da Comissão Europeia, de José Manuel Barroso em
especial, para captar a Ucrânia para o universo da UE28, com uma pesada dívida
pública a reestruturar.
Uma coisa é certa: pelo caminho
do aumento incessante da dívida e dos juros anuais a pagar, não vamos lá de
certeza. Mesmo que ou porque é Cavaco que acredita que devemos ir por aí.
O tempo encarregar-se-á de
demonstrar quem está certo e não necessários demasiados meses para que se
desmistifique a posição do serventuário da Dona Merkel, Passos Coelho.
(Uma última nota: Já em Out-2012,
no ‘The Economist’, que tem um posicionamento de direita, se lia: “Sem
avançar para uma reestruturação da dívida, Portugal não vai conseguir ser
solvente”).
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