A austeridade, severa e desumana para muitos europeus, pode afinal converter-se em ‘bomba’ no seio da estrutura que a confeccionou, a designada ‘troika’ do FMI-CE-BCE.
As falhas e a falta de certeza quanto ao efeito efectivo dos ‘multiplicadores’ são fragilidades em técnicos, idênticos a Vítor Gaspar, a António Borges, e mesmo ao jovem Moedas – a Galvão nisto não mete o bedelho, dada a impossibilidade de censurar o que foi publicado pelo jornal alemão, ‘Frankfurter Rundschau’.
Retirámos do ‘site’ Presseurop o título e o texto da notícia:
“Austeridade já não recolhe a unanimidade dentro da troika
“A Europa vai fazer cortes até morrer?” A questão levantada pelo Frankfurter Rundschau provoca desentendimentos dentro da troika de fundos de resgate internacionais (UE-BCE-FMI) e provoca verdadeiras batalhas de pareceres e contra pareceres entre a Comissão Europeia e os economistas do Fundo Monetário Internacional.
O centro da disputa, explica o Rundschau, é o “multiplicador”, esse número que indica até que ponto uma política de austeridade pesa na economia de um país. Se uma redução de despesa pública de 1 euro provoca a diminuição do PIB em 1 euro, o multiplicador é, então, estimado em 1. Mas se é de 2, os cortes orçamentais asfixiam a economia e provocam um aumento do défice, porque diminuem as receitas fiscais; se é de 0,5, tem pouca influência na saúde económica e a austeridade é uma boa solução para o Estado.
O problema é que dois economistas do FMI descobriram que os pareceres feitos sobre os países europeus em crise subestimaram constantemente o famoso multiplicador, sobretudo no caso da Grécia.
A Comissão Europeia respondeu imediatamente com um contra parecer segundo o qual economizar é bom.
Poderá ser restabelecida a paz dentro da troika? Para isso é preciso esperar pelo fim da atual recessão para que os números reentrem na ordem, escreve o Rundschau.
Restará depois aos políticos escolherem a teoria que lhes convém. “
Que a austeridade caia em cheio e divida, com o divisor exacto, a ‘troika’ em pedaços!
Sem comentários:
Enviar um comentário