Quem o conhece dos meios empresariais, sabe que Alberto da Ponte é descomplexado de corpo inteiro, audaz e não enjeita a impudência para demonstrar um poder em algumas ocasiões efectivo, outras falso e de que sai ridicularizado.
Ao usar a técnica do topete, o presidente Alberto garantiu a elementos da redacção que o ‘dossier’ da privatização da RTP vai a Conselho de Ministros, no próximo dia 10.
Relvas, sentindo-se secundarizado em todas as frentes, até na impudência, desmentiu o presidente da empresa pública de comunicação social. Tornou bem claro que:
"quem decide a agenda do Conselho de Ministros não é o presidente da RTP".
Diz o ‘Público’:
“A solução que mais agrada, actualmente, ao ministro da tutela, Miguel Relvas, é a da privatização de 49% do capital do grupo público de comunicação social, ficando depois o concessionário com toda a gestão, que para ele será transferida através de um acordo parassocial.”
Agrada por que razão? Ninguém lhe pergunta? Bom, sejam quais forem os motivos, entra em cena o Presidente Cavaco Silva que, em entrevista ao ‘Expresso’, afirma peremptoriamente:
Desautoriza, assim, o pró-activo Relvas, a quem, nos últimos tempos, estes negócios das privatizações parecem estar a correr mal: i) foi o negócio da TAP com o judeu colombiano-brasileiro-polaco que borregou; ii) é a probabilidade da venda de 49% da RTP ao tal grupo angolano, Newshold, vir a fracassar. Enfim, desaire atrás de desaire…
O chefe Coelho, entretanto, está-se lixando para as eleições, aviões, televisões e, no actual contexto, nem faz declarações…
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