Ouvida a declaração do Prof. Cavaco do envio do requerimento ao TC para fiscalização da inconstitucionalidade de normas do OGE 2013, o outro professor, Marcelo, confessou ter ficado com a boca no estado que a imagem documenta – boca em “O”, disse o próprio.
O Prof. Marcelo, que já mal dorme, teve uma noite completa de insónia. Pela manhã, entrou na finíssima Pastelaria Garrett, no Estoril, de boca aberta e imobilizada. Sem condições de pedir o pequeno almoço, ali estava infeliz e desamimado, de lábios esticados, dentes a descoberto e de epitélio da mucosa, gengivas, palatos, tudo paralisado.
O espanto de clientes e empregados foi geral e natural. Todavia, uma senhora, também ‘habituée’ da Garrett, comovida com o sofrimento e os aflitivos movimentos gestuais de Marcelo, levou-o de imediato a médico amigo, por sinal da especialidade ‘maxilo facial’. Com avançadas técnicas terapêuticas, o funcionamento normal da boca de Marcelo ficou recuperado em três tempos.Terminara o penoso sofrimento.
Submersos na crise que Gaspar e Coelho adensam, sujeitos às contradições do presidente Cavaco, só nos faltaria, agora, ficar privados do decano dos comentadores políticos portugueses, por incapacidade temporária de articular palavra.
A despeito da sagacidade e de ser Conselheiro do Estado, bom conhecedor da personalidade do PR, também me surpreende que ainda lhe cause perplexidade o facto de, no âmbito do OGE de 2013, Cavaco ter remetido as normas da retirada de parte dos subsídios da fp’s, reformados e pensionistas, medida que não aplicou ao OGE de 2012, ainda mais brutal neste domínio.
Anedota à parte, Marcelo está a tentar fazer-nos acreditar, de facto, numa 'história da carochinha'… Depois da boca em “O” do professor, oxalá não sejamos nós a ficar de cabelos em pé com o TC.
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