Saúdo com especial consideração o Dr. Francisco Pinto Balsemão, fundador do jornal ‘Expresso’ há 40 anos. O evento representou uma eclosão no jornalismo democrático em Portugal.
Não afirmo ter sido o pioneiro desse ‘jornalismo democrático’ no regime salazarista com o prolongamento marcelista, uma vez que já existiam a velhinha ‘República’, de Carvalhão Duarte, Raul Rego, Álvaro Guerra e outros ligados à maçonaria, assim como, a nível regional, se distinguia o ‘Jornal do Fundão’ fundado pelo Dr. António Palouro. O ‘Avante’, órgão oficial do PCP, tem características de publicação monolítica, naturalmente, pesem os méritos de combate contra a ditadura.
Comprei o 1.º número do 'Expresso', em banca próxima da Pastelaria Suíça, em Lisboa. Desde então, falhei algumas vezes; em especial, as falhas reduzem-se às ocasiões em que, por motivos profissionais ou pessoais, estive no estrangeiro. Recordo, no entanto, que em Luanda, no Hotel Mundial, ia surripiar um dos exemplares levados pelas tripulações da TAP.
Continuar a ler o ‘Expresso’, depois de 40 anos, é um ritual que manterei até ao fim da vida. Trata-se, é sabido, de um jornal onde coexistem jornalistas e comentadores de posições diferentes. Alguns tão diferentes em relação ao que penso que os leio na diagonal ou, pura e simplesmente, nem os leio.
Parabéns Dr. Balsemão e a todos os colaboradores efectivos do ‘Expresso’. Que o jornal prossiga a mesma saga, durante muitos, mesmo muitos, anos!
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