Salão do Grémio Literário, Lisboa
Como estás Artur? Desde aquele noite em que foste brilhante prelector no Grémio Literário que não nos encontramos. Foste muito além, bastante mesmo, das expectativas que a Anne Taylor causou na assistência ao apresentar-te.
Tive o privilégio de ouvir a dissertação sobre o trabalho que tu e restantes elementos da equipa estavam a fazer para a ONU.
Dias depois, quando cheguei a casa e me disseram das intervenções do ‘Expresso da Meia-Noite’, lamentei não ter estado a tempo de apanhar esse combóio. Eu que mal te conhecia, do café onde às vezes também tomavas a bica e dissertavas. Todos te tratavam com a deferência devido a um ilustre professor catedrático, que eu também estava convencido que eras.
Agora Artur, e apenas curiosidade, gostaria de saber se estás muito preocupado com o processo do Ministério Público (DIAP). A Dra. Morgado é muito empenhada na acção processual, mas o ‘sistema de justiça português’ é lento. Para alguns fulanos, políticos e experimentados em golpadas, nem sequer se enlerda – pura e simplesmente não consegue mover-se.
Além de tudo, condenações, penas e prisões fazem parte do curriculum das tuas experimentações. Tenho confiança em ti, mesmo forçado a conviver com prisioneiros comuns, afastado das “trutas” do BPN, do BPP, da ‘Face Oculta’, do ‘Monte Branco’, dos jogadores do ‘Insider Trading’. Esses, meu amigo, safam-se sempre e quem paga conta é cá o “Zé”.
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