A propaganda pretende fazer passar a ideia de que a causa assenta, sobretudo, no aumento das exportações. Trata-se de um rotundo logro. O objectivo é iludir a opinião pública.
Já anteriormente escrevi aqui e repito: a maior parcela da quebra do défice comercial externo é proveniente de uma acentuada redução das importações. Augusto Mateus acaba de quantificar a queda no consumo desde 2008: – 12,3%.
A redução do consumo privado deriva da eliminação do poder de compra e do empobrecimento impostos, de forma brutal, aos portugueses, pelas receitas da ‘troika’ e conivência dos partidos signatários do ‘memorando de entendimento’.
Do Boletim Económico do BdP de 15 de Janeiro, há a reter a informação seguinte:
- O consumo privado (- 5,5%) e as importações (-6,9%) caíram em 2012.
- Em 2013, estão previstas reduções de –3,6% e –3,4%, respectivamente.
Nem refiro o consumo publico e o investimento (FBCF) igualmente com acentuadas quedas.
O que este governo pretende vender como sucesso é, sem tirar nem pôr, a destruição da classe média e impelir para níveis mais dramáticos de miséria os pobres que já superam os 2 milhões de portugueses.
O sucesso é estamparmo-nos à grande, segundo a metafórica imagem.
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