A fim de que a história se torne menos triste e revoltante, cá vão umas ‘musiquinhas’ de um ‘Baile de Gala’ no Copacabana Palace:
O Copacabana Palace, de 5 estrelas, é dos hóteis de preços mais altos na Avenida Atlântida, no Rio de Janeiro. Se não for mesmo, o mais caro.
Foi aí que passaram o Reveillon, José Luís Arnaut, Dias Loureiro (dois ex-ministros do PSD) e Miguel Relvas (ministro actual) – ‘um trio da pesada’, como diria qualquer carioca, de São Conrado à Favela do Alemão.
Tratou-se de mera coincidência, justificou o Arnaut – como no cinema, acrescento eu.
Arnaut, Dias Loureiro e Relvas, em princípio, já não eram companhias que se recomendassem, a não ser entre eles ou ao Dr. Dirceu e amigos deste.
De maneira que nos repugnaria tal companhia, fosse na Sociedade Recreativa e Musical da Porcalhota, regado a verde gasoso, ou mesmo numa saltada ao Copacabana Palace, para festejar, no Rio, a noite de fim-de-ano com Moët & Chandom ou o ainda mais fino Louis Vuitton; todo este episódio é mais um capítulo breve dos vastos e sintomáticos currículos das três personagens:
- O ‘Expresso’ anunciou que a TAP gastou 3 milhões de contos com uma privatização falhada, entrando no seio dos contemplados a sociedade de advogados Rui Pena & Arnaut, também prestadora de serviços ao grupo Vinci, vencedor da privatização da ANA – coincidências, sempre coincidências!
- Dias Loureiro, ex-administrador do BPN (fala-se em 8 mil M € de prejuízo para o Estado Português) e está tudo dito;
- Miguel Relvas, um licenciado de aviário cujas ligações a Angola e ao Brasil (mensalão) tanto o têm feito correr pelo controlo das privatizações da TAP e da RTP.
Os críticos do Sócrates começam a ficar calados e alguns mesmo envergonhados, porque gente do género deste ‘trio da pesada’ anda por aí a multiplicar-se como no milagre dos pães e dos peixes; isto, para argumentarem que são cristãos muito, muito convictos e praticantes... mas (o resto fica para mim).
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