O desconcerto do governo
Passos Coelho diz que o desemprego pode ser uma oportunidade para mudar de vida – talvez começarem a dedicar-se ao roubo, como alguém sugeriu.
Vítor Gaspar, em frase meio abstrusa, afirmou também hoje: “a satisfação de vida de um desempregado não se recupera”. Tomando em conta o teor das afirmações do ministro, teria sido mais correcto dizer: “para um desempregado a satisfação de vida é irrecuperável”.
Confrontadas as intervenções de Passos e Gaspar, convenhamos que há novo sinal público de desconcerto no discurso governativo, e justamente entre as mesmas personagens. Lembre-se a história da retoma do pagamento dos subsídios de férias e de Natal. Cada um disse coisa distinta, convergindo à posteriori para a mesma posição.
Começam a ser demasiadas desafinações, a despeito da crueldade social que os une.
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