quarta-feira, 2 de maio de 2012

O desemprego e o descaramento de Passos

Ontem, ao ver Passos Coelho profanar o ‘Dia do Trabalhador’, com o descarado discurso do desemprego nos próximos anos, pensei e disse de mim para mim: “Olha este gajo já sabe que a taxa de desempregados aumentou e está a preparar o pessoal para a má notícia que aí vem”.
Publiquei este ‘post’ de repulsa pela figurinha – ou figurão? – que nos saiu em sorte para PM, a seguir a um outro que, bem vistas as coisas, inaugurou o ciclo político dominado pelos meninos ex-jotas; todos, embora com nuances, diga-se, com uma sede  enorme do  exercício lesivo da governação de Portugal e da vida dos portugueses; para mais, sem que estejam, de facto, habilitados a fazê-lo. A não ser captar proveitos pessoais, ressalve-se.
O que congeminei e concluí, muita gente o fez, penso. Não me arrogo, pois, do cometimento de sábia e rara inteligência. De tal forma, estes meninos são destituídos de bom senso que os truques de comunicação burlesca, se revelam facilmente previsíveis, aos olhos de todos.

Desemprego: 15,3% diz o Eurostat

Ora hoje tivemos a justificação da suspeita: aqui e aqui, a comunicação social divulga que a Eurostat, em relação a Março passado, registou um aumento da taxa de desemprego para 15,3%, em Portugal. Continua, pois, o governo a assegurar presença no pódio dos mais altos valores dessa chaga na UE de 27 países. Consolidámos, de facto, o 3.º lugar dos países líderes, com os tais 15,3%, a seguir a Espanha (24,1%) e à Grécia (21,7%).
Com esta Europa que, a partir de Berlim, impõe a via única da política monetarista e draconiana do controlo do défice, sem crescimento e emprego, em óbvio detrimento da qualidade de vida dos cidadãos, os milhões de desempregados, em particular os jovens ou mais idosos, desocupados de longa duração, poderão um dia vir gritar: basta! E exigir o fim das políticas de austeridade de que Coelho e sua trupe são dos mais severos e desumanos executores, a mando dos directórios externos.

Antevisão da partida dos governantes

Lá regressará o Coelho ao trabalho com o Correia, o Gaspar para o FMI, o Álvaro para o Canadá e o Relvas para o Brasil. Com ou sem Mota e de Cristas em baixo, Portas relançará a carreira parlamentar, com o carisma teatral que lhe é próprio - como não fosse nada com ele.
Quem se seguirá? Outro jota. Porra! Somos um povo com o destino marcado. 

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