O governo actual já deu provas eloquentes de que os cidadãos, jovens ou idosos, não constituem o principal objectivo da orientação da suas políticas.
Hoje, e apesar da atrapalhada justificação de Passos Coelho, os portugueses souberam que a Direcção-Geral do Orçamento, na esfera de poderes do sábio Gaspar, errou gravemente nos números da ‘execução orçamental’. As receitas fiscais, se comparadas com o período homólogo de 2011,tiveram uma redução de 6,8% contra os 3,5% anunciados pelo governo – a UTAO – Unidade Técnica de Apoio Orçamental detectou o erro.
A dilatada diferença nas contas fiscais traduziram-se num défice orçamental, no 1.º trimestre de 2012, de 7,4%, distante dos 4,5% que é objectivo anual do governo. Enfim, além de penar, estamos condenados às incapacidades dos incompetentes.
De aldabrão em aldabrão, o caminho é óbvio; percorre-se o itinerário de aldrabice a aldrabice, independentemente da área governativa. Agora o Crato, que se tem na conta de político intacto, deliberou atribuir trabalho comunitário aos alunos faltosos. Uma medida de alcance social profunda e de efeitos benéficos incalculáveis. Os jovens faltosos, na maioria dos casos, vítimas de situações familiares complexas (desemprego, alcoolismo, toxicodependência e outras desestruturações de ordem familiar), certamente converter-se-ão em alunos pontuais e exemplares, entretanto muito úteis à sociedade graças ao Prof. Crato.
As comunidades de cidadãos felizes e confortados, de Alguidares de Baixo a Freio de Espada ao Ombro, usufruirão, além do mais, de ruas limpas, de prédios sem ‘grafitti’ e de relvados de suave toque, coloridos por gerberas, crisântemos, rosas, dálias e jasmim. Os narcisos estão indisponíveis, uma vez que estão plantados na sofisticada estufa do governo, ainda para mais arrelvada.
Apesar de tantos disparates, pergunto: será incompetência, maldade ou demagogia? Provavelmente, uma porção de cada coisa. Resta-nos penar até quando?
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