Os políticos, em democracia, são avaliados e escrutinados através da exposição pública, da honestidade e confiança que inspiram, e ainda da capacidade de análise e visão estratégicas – saber distinguir o essencial do acessório, por exemplo.
No desempenho real, é notória a condição de superioridade de quem, como o líder do Syriza, Alexis Tsipras, firme e objectivo avisa a Sra. Merkel de que é tempo de terminar de brincar com a vida das pessoas; sobretudo, se comparado a políticos do estilo de Mota Soares, resignado e de fala saltitante, que se limita a considerar que o aumento do desemprego é o pior problema de Portugal.
Tsipras valoriza a austeridade como a causa madre e determinante do que tem sucedido na Grécia e em outros países europeus. Mota Soares confunde um dos piores efeitos da política de austeridade, o desemprego, ao tomá-lo por uma espécie de origem rebelde e insanável dos nossos males.
Um, Tsipras, vê a floresta; a vista do nosso frouxo ministro não alcança mais do que o arbusto. Ainda por cima, o insípido Soares tem a responsabilidade de repartir o amargo sabor de revisões das leis laborais, no sentido da proliferação do desemprego e da precariedade das relações de trabalho.
Mota Soares será limitado nas faculdades cognitivas ou intelectualmente desonesto? Provavelmente sofre de ambos os defeitos.
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