Fonte: Jornal ‘Público’
A OCDE publicou um relatório de indicadores do bem-estar em 36 Países. Portugal, ficou qualificado no 29.º lugar. Poderia ser pior, considerará a tradicional resignação lusa. Um assomo de consolação não é sequer despropositado, diriam. Se olharmos em frente, vemos 28 melhores do que nós; mas, observando a retaguarda, há 7 países desgraçados bem piores.
Dos indicadores utilizados, é na ‘satisfação com a vida’ que nos revelamos abatidos, tristes e piegas. Caso para desabafar: “Que porca de vida a nossa!”. Resignemo-nos. É a vida.
No entanto, lido friamente o relatório, há, de facto, motivos para satisfação, apreensão, resignação, alegria e descontentamento. Depende do tema.
Na esperança de vida, estamos nos 80 anos (83 nas mulheres e 77 nos homens). É bom (satisfação), faltando saber se as políticas de Paulo Macedo não vão começar a matar-nos mais cedo (apreensão). O rendimento por pessoa são cerca de 83,5% do valor médio da OCDE (resignação), mas com a particularidade de 20% dos portugueses de topo (alegria deles) auferirem 6 vezes mais do que os 20% que menos recebem (descontentamento dos pobres).
Mas há mais razões para ser compassivos com nós próprios, como manda a tradição judaico-cristã. A própria OCDE, à parte do relatório, anunciou para Portugal: ‘Desemprego e défices mais altos podem levar as mais medidas’… de austeridade, claro.
Repetimos: “Que porca de vida a nossa!”. Há que mudar de vida e, para isso, arrasar o governo e o estilo de lacraus que há mais 30 anos governam o País.
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