Sem a crise do euro mas com as dores da libra esterlina, em aliança com os liberais democratas, David Cameron está a levar nas ventas e com força.
Nas eleições locais, e segundo dados da BBC, projecta-se um resultado nacional de 38% para o Partido Trabalhista (Labour), uma subida de 3%, contra 31% dos Conservadores (Tories), com uma perda 4 p.p.. Por sua vez, os Liberais devem manter-se nos 16%, mas com um número de eleitos inferior a 3.000 lugares, o que sucede pela primeira vez desde 1988.
Em Londres, o favoritismo do conservador Boris Johnson está aquém das expectativas. Às 19:00 horas, contados os votos de 10 das 14 jurisdições, os resultados eram os seguintes:
Nome | Partido | Votos |
Johnson | Conservador | 724.226 |
Livingstone | Trabalhista | 592.148 |
Paddick | Liberais Dem. | 64.709 |
Jones | Verdes | 63.261 |
Regista-se a tendência de, no conjunto mais amplo dos candidatos do que os mencionados no quadro anterior, nenhum obtenha acima de 50% dos votos. É, por isto, previsível que os dois primeiros venham a disputar uma 2.ª volta, sem a participação dos restantes.
Mesmo com este severo aviso do eleitorado, David Cameron, membro das seitas neoliberais que (des)governam a Europa, ratificou a intenção de prosseguir as políticas de austeridade: recessão, redução de apoios sociais do Estado, desemprego e pobreza.
Este final de semana eleitoral teve um início feliz no Reino Unido, mas o importante é que Hollande vença em França e que, da turbulência partidária grega, saia, pelo menos, um sinal de que o povo grego, como a maioria de outros europeus, rejeita as receitas monetaristas e orçamentais que o conduziu ao caos e à miséria. E que, sobretudo, manifeste legítima reclamação de novas políticas de desenvolvimento e emprego. Que enviem uma forte mensagem nesse sentido à Sra. Merkel, ao Sr. Draghi, à Comissão Europeia e, sobretudo, a essa sinistra instituição que se chama FMI.
Hoje, a direita europeia começou a levar nas ventas. Oxalá continue!
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