quinta-feira, 14 de junho de 2012

A desorganização competitiva na AR

desorganização competitiva (2)
‘A desorganização competitiva’ – Fazer de cada um, um empreendedor dentro da empresa.
O Plano Nacional de Reformas (PNR de 2012) ficou esquecido 40 dias em gavetas da Assembleia da República.  O ‘Público’ divulga  que o deputado Duarte Pacheco, social-democrata, foi peremptório e claro a esclarecer: “O documento ficou perdido nos corredores e diferentes pisos deste palácio”. Conclusão instintiva: a culpa é do documento; ainda por cima se arrogou de indevido estatuto de palaciano. Sem conhecer os labirínticos interiores da AR, careceu de agilidade mental para se valer da ajuda de um deputado, da oposição que fosse, ou de um administrativo, e perdeu-se. Enfiou-se silenciosa e secretamente em gavetas da AR.
Um outro exemplar do mesmo documento foi parar direitinho a Bruxelas, no prazo estabelecido. Na AR, os partidos do arco governativo justificam  o sucedido com base na Teoria da Desorganização Competitiva.
A competitividade é o grande desígnio nacional. Todos sabemos. Mais a mais no contexto e texto de um documento de Carlos Moedas, um ex-Goldman Sachs. O imperativo era  fazer chegar rápido o dito a Bruxelas. A Comissão de Orçamento e Finanças tem tempo de  sobra ara conhecer o PNR de 2012. Olhem, entretenham-se com o plano de 2011, esse sim, divulgado na Net.
Para os portugueses em geral, a versão do PNR de 2012, sendo previsível que visa mais competitividade,pode pensar-se em agravamento de sacrifícios dos cidadãos, presumo eu. Aguardemos.
(Adenda: a notícia do 'Público' que deu origem a este 'post' foi substancialmente alterada, incluindo o título que deixou de mencionar a gaveta de Assunção Esteves como local onde o documento estava esquecido. A versão actualizada está titulada assim: Reformas estruturais esquecidas em gavetas parlamentares. Afinal, os esquecimentos e gavetas são diversos, incluindo do ex-ministro socialista, Vieira da Silva. Alterei o teor do 'post', em função das actualizações da notícia.)

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