Primeiro, é aconselhável reflectir sobre o conceito socrático-filosófico da ironia e da maiêutica:
O filósofo busca o conhecimento através de questões que revelam uma dupla face – a ironia e a maiêutica. Através da ironia, o saber sensível e o dogmático tornam-se indistintos. Sócrates dava início a um diálogo com perguntas ao seu ouvinte, que as respondia através de sua própria maneira de pensar, a qual ele parecia aceitar. Posteriormente, porém, ele procurava convencê-lo da esterilidade de suas reflexões, de suas contradições, levando-o a admitir seu equívoco.
Em seguida, passamos à prática e submetemos o Gaspar a um exercício de ironia e maiêutica:
P – Então o défice deste ano está em risco de derrapar?
R – Está.
P - Por que razão?
R – Devido à quebra das receitas fiscais.
P – Essa quebra não foi ditada pelas políticas recessivas do Governo?
R – Não! Houve é menores lucros das empresas.
P – Mas os lucros menores das empresas, a quebra do investimento e do consumo e o desemprego não são consequência natural das tais políticas recessivas?
R – Não! Tem de se contar que Portugal enfrenta a persistência da instabilidade na zona euro.
…
Conclusão: Não lográmos libertar Gaspar de contradições e equívocos, diversos e graves. Cumpre-nos pagar a crise agravada pelos gaspares do planeta.
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