Os actuais líderes europeus, salvo as devidas e raras excepções, distinguem-se pela incapacidade e a implacável falta de sentido de humanidade na governação das sociedades europeias que, por escolha democrática, diga-se, foram incumbidos de assumir. Dizem zelar pelas contas públicas, pela consolidação orçamental e esmeram-se na ajuda à banca, esse coio de figuras malditas que nos mergulharam na crise e em esparsos sofrimentos.
O desprezo por cidadãos e famílias, e em alguns casos o objectivo de empobrecimento do país e das populações (des)governados, constituem desígnios perseguidos com iniludível consciência(Passos Coelho ‘dixit’). Governar hoje, mais do que nunca, é estar liberto da obrigação de cumprir códigos de conduta ética, valores de justiça social e espírito de missão em favor do colectivo.
Cameron, alheado da expansão dos índices de pobreza e até de miséria no Reino Unido, comemorou com alegria, fausto e circunstância o jubileu da rainha. A tentação pela mediática e folclórica participação na festança da populaça é irresistível. Ele e outros súbditos britânicos, mais uns quantos notáveis – algumas nefastas figuras de Estado -da ‘Commonwealth’ desfrutam em delírio destas euforias colectivas, inevitavelmente ocas e marcadas por alucinante estupidez.
Em família, Cameron veste a indumentária autêntica, a da personagem que se abstrai de elementares obrigações de pai. Uma filha de oitos anos, foi esquecida por ele, mulher e amigos num ‘pub’. Para Cameron é equivalente a sair do bar deixando o telemóvel repousado na mesa entre os copos das ‘Guinness’ entretanto sorvidas.
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