sexta-feira, 22 de junho de 2012

Submarinos: o Sr. Contra-Almirante ficou teso?

A matemática é uma ciência complexa, mesmo em operações simples. O que se traduz na velha máxima de que a soma de 2 + 2, nem sempre é 4. Sinergias, justificam os iluminados Cratos.
O ‘Público’ diz que, por pagamento feito pelo contra-almirante, Rogério d’Oliveira – e d’Oliveira é distinto do plebeu apelido de Oliveira – Duarte Lima recebeu 1 milhão de euros pela compra dos submarinos alemães. Deduz-se que d’Oliveira transferiu para a conta do Lima, na UBS, o que recebeu.
Porém, o que me confunde é o ‘Sol’ informar:
 “…a Ferrostaal pagou ‘luvas’ de milhões de euros a várias entidades, a título de serviços de consultoria fictícios – a uma sociedade de advogados portuguesa, ao cônsul honorário de Portugal em Munique, Jurgen Adolff, e ao contra-almirante Rogério d’Oliveira. Isto, para garantir a adjudicação do contrato de compra de dois submarinos por 1,2 mil milhões de euros, junto do Governo PSD/CDS, então dirigido por Durão Barroso e Paulo Portas.”
Barroso e Portas garantiram não ter tido qualquer intervenção no negócio. Dessas bandas, fiquei, pois, esclarecido e tranquilo.
As dúvidas, todavia, permanecem. Se a ‘Ferrostaal alega ter pago milhões e o contra-almirante, ao que o DCIAP apurou, entregou apenas um milhão a Lima, onde está o remanescente? A alta patente da Marinha reteve ou distribuiu o restante?
Querem ver que o Sr. contra-almirante partilhou o resto e ficou teso! Esta é a minha tormentosa dúvida. Talvez o DCIAP venha a esclarecer. Talvez… porque embarcámos todos num ‘Yellow Submarine’. E ‘yellow’ é a cor com que umas vezes paramos, outras avançamos. Fica-se sempre entre a obediência e o abuso. Embora havendo perigo, acaba por não ser legal nem ilegal. É o fenómeno humano da ambiguidade.

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