Fonte: Juxtapoz
O processo é comum em líderes políticos. Quando sentem o apoio popular a fugir-lhes, socorrem-se de hipócrita agradecimento ao povo. Tentam fazer esquecer os tempos das garras afiadas e dentes em riste, a destruir rendimentos, eliminar empresas e empregos e a violentar os desempregados com insensibilidade e ofensas repugnantes – agora, parece, chegou a hora dos paliativos aos jovens desempregados.
Nas pouco entusiastas celebrações de um ano do governo ‘laranja’, lá se esmerou o Coelho a exultar a paciência dos portugueses. Um dia destes, porém, metamorfoseado em tigre, servir-se-á de impiedosas garras para atacar com mais medidas de austeridade. O programa da ‘troika’ está a gerar efeitos sociais e económicos nocivos, mas a consolidação orçamental, o objectivo sagrado do défice, tem de ser alcançado nem que seja à força do cacete.
Temos, pois, um PM híbrido. O disfarce de coelho é dominado pela expressão ameaçadora e violenta do tigre.
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