Subscrevo, na íntegra, o seguinte segmento de texto de Bernard Guetta da France Inter:
“O mínimo que se pode dizer é que não há nenhum Victor Hugo entre os 27, nem um Schuman, um Monnet ou um Churchill. Quando era tão necessário um sopro visionário e um estadista que desse novo sentido, um horizonte, um objectivo mobilizador à construção europeia; quando era tão desejável reconstruir a União em termos de Verbo, para lhe fixar novas metas num novo século – este Conselho Europeu apenas deu à luz acordos arrancados a ferros sobre acertos técnicos e menos fadados a empolgar os corações do que a provocar enxaquecas.”
A crise de líderes com visão estratégica à altura dos desafios com o que a Europa hoje se confronta é aguda e vem-se arrastando anos a fio. Sem líderes esclarecidos e determinados sobre o projecto europeu, o Velho Continente lá vai saltitando de cimeira em cimeira. Umas vezes para os lados, outras para trás, nunca no caminho do progresso. Estamos confinados a medíocres que, a despeito de notórias incapacidades, influenciam de forma funesta a vida de milhões.
Como, dizem, a esperança é a última coisa a morrer, talvez o futuro nos venha a compensar. Talvez, porém, não é certo…
(Adenda. O texto integral do artigo, em português, poderá ser lido na Presseurop.)
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