Passos Coelho, na Cimeira Europeia, esteve calado e quietinho. Nem Monti ou Rajoy lhe deram espaço para expressar o apoio a Merkel. A chancelerina, educada e formada na férrea Alemanha Oriental de Honecker, é uma líder produzida na prepotência, na germanofilia comunista e em comportamentos autocráticos, cuja ‘História Europeia’ regista de forma clara e inequívoca. O génio de Massamá ouviu, calou-se e desviou-se para o desastre nacional.
Coelho, célere na demagogia e na luta do poder pelo poder, virou o discurso para o que se passa em solo português e enveredou pela propaganda:
[…] os dados das contas nacionais hoje conhecidos confirmam as más notícias que já eram conhecidas. No entanto, Passos Coelho diz que números mostram também que o ajustamento está a ser bem sucedido.
Fez estas afirmações com a maior das naturalidades. Como fossem de somenos os gravosos desvios das previsões de Gaspar – -7,9% de défice contra -4,5% estimados para o final do ano. Está em causa um défice de 3.217 milhões de euros, causado justamente pelas políticas recessivas do actual governo.
Não me voltem a falar do Sócrates. Falemos do presente, do trágico futuro que nos espera e das desumanas políticas do actual governo que hoje, na Covilhã, foram objecto de contestação popular junto do Álvaro. Há uns tempos o vermelho era exclusivo do hoje desertificado Alentejo. Agora é em Guimarães, Póvoa de Varzim, Guarda, Castro Daire, Cova da Beira, no Terreiro do Paço que a revolta se expande e manifesta. Naturalmente porque o governo e PR são, de facto, de uma espécie de políticos que o povo rejeita e abomina.
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